quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Mediunidade




A Mediunidade é compromisso assumido na Espiritualidade, antes mesmo de se reencarnar. É como se deixássemos uma autorização ao mundo espiritual para que, quando chegada a hora certa, possamos servir de "elo de comunicação" (instrumento) para os espíritos poderem se comunicar.

Porque então, tantas vezes a mediunidade não é praticada?

Algumas vezes porque esse compromisso é esquecido ou camuflado perante uma sociedade que geralmente olha a Umbanda com grande preconceito.

Mediunidade para a maioria dos Umbandistas é sinônimo de muita luta, resignação e sacrifício; por outro lado, ao longo da caminhada, nos proporciona uma imensa certeza do dever cumprido. Os Médiuns de Umbanda são aqueles que vêm com seu perispírito preparado para ser instrumento de comunicação, orientação ou cura nos trabalhos Umbandistas. Citaremos agora alguns "tipo" de médiuns:

Médium de Comunicação: São aqueles que incorporam na Umbanda. Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Exus, Baianos e outros tipos de Entidades como por exemplo entidades da Linha do Oriente, da cura (José de Arimatéia). Sua função é procurar o aprimoramento para ser bons instrumentos, evoluindo cada dia, tentando se afastar de seus erros, vícios, atitudes de maldade, inveja, orgulho e vaidade.

Médiuns de Orientação: São os que tem facilidade no esclarecimento de pessoas dentro do trabalho de Umbanda. Alguns jamais incorporam, porém, são usados para orientar e encaminhar Entidades Espirituais no trabalho de "transporte" devido ao seu preparo moral e espiritual já trazidos de outras vidas. Sua função é não se deixar abater diante de situações difíceis dentro do trabalho, doando energia quando necessário àqueles que estiverem precisando.

Médiuns de Cura: São aqueles que além de trabalhar com suas entidades habituais, podem ser usados em casos de doenças, por entidades curadoras que através do médium atuam sobre o doente. Sua função é dar condições para a entidade usufruir de sua energia para recuperação e alívio da enfermidade. Essa energia depois é reposta naturalmente.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Umbanda



O que é Umbanda ?


    É uma religião, ou seja, o caminho para se chegar a Deus e encontrar à Luz. 
    Luz que nos mostrará porque aqui estamos, e como devemos seguir o 
caminho certo para chegarmos a Fé, Caridade e Humildade. 
    Falar em Umbanda é seguir estas palavras: “Umbanda sem Caridade, não 
é Umbanda!”. 
    Fé é crer com razão, ou melhor, sempre sabendo o por quê e não 
aceitando mistérios ou mentiras. Não tenha vergonha ou medo quando houver 
dúvida. 
    Humildade e simplicidade, quanto mais pobre, singelo, e sem luxo, maior 
será a Umbanda e seus filhos. 
    Umbanda para muitos como nós, é uma religião, ou melhor, um caminho 
para se chegar à Casa do Pai. Mas para pessoas que pouco sabem sobre este 
caminhar, é apenas uma Seita, ou Folclore, ou um punhado de Rituais. Ser Umbandista é acima de tudo, ver a vida e viver como um filho de Deus. Encontrar na caridade exemplo e forças para viver. Não nos acharmos 
melhores ou diferentes dos outros irmãos. Temos sim, obrigações de sermos 
mais abertos e unidos uns com os outros. Sem diferença de credo ou de ponto 
de vista, somos todos iguais, perante o Nosso Criador (Deus). 
    Cabe a cada um de nós sermos mais ou menos evoluídos. As discussões 
não nos levam à razão. Vamos conversar, levar o nosso pensamento sem 
desmerecer nosso irmão. 




Como Surgiu a Umbanda: 

   Tudo começou com os nossos irmãos Africanos. Vindo da África como escravos deixando para trás seus irmãos, costumes, seus Deuses e Fé. 
   Adoravam a Deus e como todos desta terra (Planeta), tinham um modo 
de chegar ao seu Criador. As forças da natureza eram seus maiores símbolos. 
Alguns deixaram, reinados, famílias e até bens materiais. A esses nossos irmãos só sobraram a Fé. Tudo de material ou de seu, foi lhe retirado. Sofreram nos navios negreiros, com fome, sede e toda forma de crueldade. 
   Para quem os compravam, não passavam de “animais de carga”. Muitos 
não chegavam a nossa Terra, morriam pelo caminho. As doenças, os maus tratos se encarregavam de aliviar o sofrimento que lhes aguardavam. Seus direitos como pessoas não eram reconhecidos. Isto sem falar no respeito ao próximo, sentimentos, fraternidade, piedade.
   Aqui chegando eram vendidos aos Senhores e daí levados para senzalas, 
fazendo trabalhos pesados, e sem direito a nada, e sem esperança de retorno a Terra de origem. Viviam para enriquecer seus Senhores e sonhavam com a 
liberdade que Deus um dia lhe daria, isto é, no dia de sua morte ou desencarne. 
   Não podiam praticar sua religião. Seus lamentos e cantos, nem sempre 
eram permitidos, juntavam-se na senzala para pedir ajuda aos seus Deuses, 
mas tudo era feito em segredo. 
   Em nossa Terra, o Catolicismo era a religião permitida e a única aceita. 
Como então falar em Zambi (Deus), Oxalá (Jesus Cristo) e todos os Orixás? 
Os padres Jesuítas falavam e com ordens dos Senhores passavam as suas 
doutrinas, como o único caminho para a Salvação.  
   O que fizeram nossos irmãos? Usaram as armas que tinham!  
Juntaram os seus Orixás e as imagens do Catolicismo, que lhes eram 
apresentadas. Uniram o que contavam e encontraram na sua Fé as mesmas 
forças. 
   Aos poucos foram recebendo as imagens dos Santos ou Mártires da 
Igreja. Passaram a rezar, a cantar e a evocar os Santos.  Os Senhores, então não tinham como proibir estas reuniões. Não sabiam, que junto das imagens, também os nossos irmãos desencarnados eram ouvidos e que os cativos acreditavam na verdadeira Vida. Sabiam que estavam ali porque Deus determinara. Não entendiam bem, porque sofriam nas mãos dos brancos. 
   A esta associação, deu-se o nome de “Sincretismo Religioso”, e nasceu no 
Brasil a religião Umbanda, com muitos preceitos e fundamentos da Nação, mas também com as imagens e menções aos santos católicos.