O que é Umbanda ?
É uma religião, ou seja, o caminho para se chegar a Deus e encontrar à Luz.
Luz que nos mostrará porque aqui estamos, e como devemos seguir o
caminho certo para chegarmos a Fé, Caridade e Humildade.
Falar em Umbanda é seguir estas palavras: “Umbanda sem Caridade, não
é Umbanda!”.
Fé é crer com razão, ou melhor, sempre sabendo o por quê e não
aceitando mistérios ou mentiras. Não tenha vergonha ou medo quando houver
dúvida.
Humildade e simplicidade, quanto mais pobre, singelo, e sem luxo, maior
será a Umbanda e seus filhos.
Umbanda para muitos como nós, é uma religião, ou melhor, um caminho
para se chegar à Casa do Pai. Mas para pessoas que pouco sabem sobre este
caminhar, é apenas uma Seita, ou Folclore, ou um punhado de Rituais. Ser Umbandista é acima de tudo, ver a vida e viver como um filho de Deus. Encontrar na caridade exemplo e forças para viver. Não nos acharmos
melhores ou diferentes dos outros irmãos. Temos sim, obrigações de sermos
mais abertos e unidos uns com os outros. Sem diferença de credo ou de ponto
de vista, somos todos iguais, perante o Nosso Criador (Deus).
Cabe a cada um de nós sermos mais ou menos evoluídos. As discussões
não nos levam à razão. Vamos conversar, levar o nosso pensamento sem
desmerecer nosso irmão.
Como Surgiu a Umbanda:
Tudo começou com os nossos irmãos Africanos. Vindo da África como escravos deixando para trás seus irmãos, costumes, seus Deuses e Fé.
Adoravam a Deus e como todos desta terra (Planeta), tinham um modo
de chegar ao seu Criador. As forças da natureza eram seus maiores símbolos.
Alguns deixaram, reinados, famílias e até bens materiais. A esses nossos irmãos só sobraram a Fé. Tudo de material ou de seu, foi lhe retirado. Sofreram nos navios negreiros, com fome, sede e toda forma de crueldade.
Para quem os compravam, não passavam de “animais de carga”. Muitos
não chegavam a nossa Terra, morriam pelo caminho. As doenças, os maus tratos se encarregavam de aliviar o sofrimento que lhes aguardavam. Seus direitos como pessoas não eram reconhecidos. Isto sem falar no respeito ao próximo, sentimentos, fraternidade, piedade.
Aqui chegando eram vendidos aos Senhores e daí levados para senzalas,
fazendo trabalhos pesados, e sem direito a nada, e sem esperança de retorno a Terra de origem. Viviam para enriquecer seus Senhores e sonhavam com a
liberdade que Deus um dia lhe daria, isto é, no dia de sua morte ou desencarne.
Não podiam praticar sua religião. Seus lamentos e cantos, nem sempre
eram permitidos, juntavam-se na senzala para pedir ajuda aos seus Deuses,
mas tudo era feito em segredo.
Em nossa Terra, o Catolicismo era a religião permitida e a única aceita.
Como então falar em Zambi (Deus), Oxalá (Jesus Cristo) e todos os Orixás?
Os padres Jesuítas falavam e com ordens dos Senhores passavam as suas
doutrinas, como o único caminho para a Salvação.
O que fizeram nossos irmãos? Usaram as armas que tinham!
Juntaram os seus Orixás e as imagens do Catolicismo, que lhes eram
apresentadas. Uniram o que contavam e encontraram na sua Fé as mesmas
forças.
Aos poucos foram recebendo as imagens dos Santos ou Mártires da
Igreja. Passaram a rezar, a cantar e a evocar os Santos. Os Senhores, então não tinham como proibir estas reuniões. Não sabiam, que junto das imagens, também os nossos irmãos desencarnados eram ouvidos e que os cativos acreditavam na verdadeira Vida. Sabiam que estavam ali porque Deus determinara. Não entendiam bem, porque sofriam nas mãos dos brancos.
A esta associação, deu-se o nome de “Sincretismo Religioso”, e nasceu no
Brasil a religião Umbanda, com muitos preceitos e fundamentos da Nação, mas também com as imagens e menções aos santos católicos.

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